segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A CAUSA NÃO É O PROBLEMA - PARTE II

PORQUE NOS ALTERAMOS, EM DISCUSSÕES ?

Discutir é também, um fato (pra lá de) normal.  Mas porque nos alteramos, quando gritamos ou nos deixamos levar pelas "altas falas" dos demais ?

Esse texto é a segunda parte do último artigo, onde aqui, vamos explicar o porque de nos alterarmos, mesmo em situações que não se exige ou que se obrigue falar baixo, dado o local em que está.

Como vemos no desenho abaixo, o ser humano possui dois inconscientes, sobre os quais nossas emoções "podem" oscilar constantemente.  Eu frisei a palavra PODE, porque é uma condição, em que não se torna necessário nem obrigatória, a constância de uma postura instável, invasiva, quando não, agressiva (que é pra onde pode tender se, não for contido em tempo hábil).

Ambos inconscientes tem o propósito de ajudar o corpo que os abriga, promovendo seu equilíbrio psíquico, para que tenha sua vida prolongada de forma saudável.  Ao inconsciente Ego, cabe-lhe absorver toda formação que lhe seja pertinente, conforme o ambiente que frequenta e convive, sendo esta formação, a responsável por nos fazer manter o convívio em ambiente social e familiar.  Ao inconsciente imaturo, cabe a função de ajudar mas, apenas com boas intenções, sem pensar em consequências e nem pressentir perigo, valendo-se dos recursos tantos internos (da mente) quanto externos, do ambiente em que o corpo está, para prestar seu "auxílio".

Há uma jurisdição entre ambos, perigosamente respeitada, ou seja, quando somos "governados" por um deles, o outro não interfere.  O perigo está, quando o Id está no controle, fazendo o que "dá na telha", sem medo de consequências.  O id só assume, quando Ego não dispõe, em sua formação, de resposta ou ação que necessite em dado momento.  Isso, de imediato, já provoca alterações de humor pois, como já havia dito, se não temos como sustentar nossa razão, a primeira reação esperada, é alterar-se.  Os que preferem "abandonar o barco" e desistir da "competição", pode ser uma ação racional ou não, à depender se, resolveu não desperdiçar seu tempo ou, se resolveu fugir por saber que não tinha condições de sustentar sua posição.

Outro fator que muito influencia nossas decisões, são experiências reprimidas, cujo grau de intensidade, podem incomodar mais (ou menos), a tranquilidade que tanto precisamos.  Vai desde um canário cantando insistentemente à uma pessoa batendo na porta, também de forma insistente e, por mais que foquemos no que estamos fazemos, chega um momento já não é mais possível.  Isso explica quando uma pessoa perde com frequência, seu auto-controle, irritando-se com facilidade.

"Nada acontece se não em razão de algo que motive" (essa frase é minha).  Ou seja, nada é gratuito, mesmo a birra de uma criança.  Se ela o faz, manifesta uma forma de não concordância com algo ou alguém e que, a melhor forma de descobrir a razão, acredite, é mais conversar, do que castigá-la, pois que, desta forma, se aproveita a chance de corrigir possíveis conceitos errados, que se esteja alimentando.

Quando o "tempo começa à mudar, só fechar as portas não resolve, é preciso consertar também o telhado".  

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

PROJETO VIVA+
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.


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