COMO GANHEI O MEU ?
Eu avaliei os transtornos
mais comuns e por eles, pude determinar procedimentos padrão e até unificá-los,
sugerindo ações semelhantes para transtornos diferentes. Porque todos os transtornos são psicológicos
e todos são adquiridos muito cedo, em idade da qual não se pode saber o que
houve (ou não seria transtorno e sim, um complexo psicológico). Todos os transtornos, são constituídos em
períodos que vão, desde a formação do feto no útero, até os 3 anos idade. Apesar de um tempo relativamente curso, uma
infinidade de transtornos (constando num livro grosso do CID-10), se constituem
nesse período. O diferencial, entre os
transtornos, são:
1) A idade em que ocorreu o evento gerador;
2) O tipo de evento
3) A severidade deste evento (que não significa gravidade).
4) O ambiente em que ocorreu (se em casa ou fora dela)
5) Se estava sozinho ou acompanhado e por quem
6) O cenário presente no momento da ocorrência.
Existe uma coisa que eu
chamo de processo associativo, que é quando o inconsciente encontra um fato
presente, que de alguma forma se assemelha com os fatos presentes na ocorrência
que gerou o transtorno, naquele momento o passado é recordado, gerando o que
conhecemos por crises. O que é
recordado, não é o evento (ou saberíamos o que houve). O que nos é recordado são as sensação que
experimentamos naquele momento. Veja uma
coisa, quem está passando por esse experiência, pode ser um feto, um bebê de
alguns meses ou uma criança de 2 ou 3 anos.
Mas não precisa acontecer algo terrível, para que uma criança se
assuste, concorda ? Elas podem se
assustar até com um inseto sobre o berço, que pelo o efeito da luz do quarto,
pode virar um bicho enorme rsr.
Compreende ?
Nós sentimos isso
com muita intensidade porque, segundo Freud, o tempo, no inconsciente, não
existe, o que faz com que esse evento pareça ter ocorrido, à apenas dias
atrás. Não estou desmerecendo o
sofrimento de um portador de transtorno, mas às vezes sofremos (sem saber), por
pouco. Mas é o desconhecido que nos
assusta. Toda essa explicação vale para todos os transtornos, inclusive para a
depressão, o autismo, Borderline, a esquizofrenia. Uma pessoa sofre mais do outra, porque cada um percebeu diferente, o que lhe gerou o transtorno.
Uma crise que chega é como um trem passando em frente à nossa janela, fazendo enorme barulho, causando algum incômodo (ou mesmo grande). Mas passa, sempre passa, jamais enguiça onde está. Não me chamo transtorno, ele é uma coisa e eu sou uma pessoa, que apenas sofro por não entendê-lo, como alguém que recebe uma cobrança de auto valor, se assusta porém, quando observa bem o documento, vê não que era pra ele.
Transtorno não é imã, não fica colado 24 horas aos meu lado e, quando não sinto sua presença, eu faço o que precisa ser feito, meu trabalho e minhas tarefas e amo o que faço, por isso não fico pensando se o trem irá voltar. Todo meu foco está voltado para a minha vida e tudo e todos que dela depende, trabalho, família, filhos e eu. É assim que vai ser, que tem que ser. Não estou liberto, porque nunca fiquei preso, apenas sentia o que um dia me ocorreu, quando criança, apenas isso.