Suicídio não é frescura.
O suicida não tira a vida por vontade própria. Seu
inconsciente é quem toma essa triste decisão. Mas ninguém saberá (nem o próprio
suicida) a verdadeira razão deste ato. O que se estima é que a razão venha de
longe, de fase cuja época deixaram-lhe marcas reprimidas, cuja as quais o
deviam atormentar de alguma forma.
Nem de longe podemos chamar de ato decorrente de transtorno,
pois que, mesmo pessoas que não tem, acontece o mesmo. São situações
específicas (não genérica), ou teríamos um genocídio diário. O que posso dizer
é que, ninguém sofre pela dor que carrega consigo, mas por não entender, por
não ter tido a iniciativa ou vontade de saber o que estava se passando e de
onde vinha a dor que o atormentava.
No momento que esta "ação" é decidida, alguns
fatores casuais poderiam evitar, como a dificuldade de seguir em frente, a
ausência de resistência em não conseguir evitar (que nada tem haver com
coragem). Temos dois inconscientes, um é racional (deveria ser), enquanto o
outro é imaturo, quando não, inconsequente. É este quem toma a decisão,
enquanto o racional tenta resistir como pode. Existem fatores que influenciam,
tanto à um quanto à outro, nesse momento, tanto para se consumar, quanto para
se evitar.
Mas o que eu posso dizer é que, não se consuma pela dor,
investigue, explora, estuda, processa tudo, faça como se fosse apresentar um
trabalho de TCC e faça o melhor trabalho que puder. Tenha isso por premissa e
não sossegue enquanto não terminar e, quando terminar, já não terá mais nada
pra se preocupar, não terá mais razões pra sofrer ou sentir angústia por algo
que não conheça.
Não se trata de fraqueza, não se trata de coragem (ou falta
de), não se trata de frescura ou cabeça fraca, pois somente tem tudo isso, os
que julgam sem piedade, estes são mais doentes, que os que sofrem e precisam de
internação psiquiátrica, mas em forma de prisão.
Todos somos passivos de cometer erros, tanto para si
próprios, quanto para terceiros (os que surtam e saem matando inocentes). Não
existe piores ou melhores, existe sim, os que carregam uma história e levam
consigo, quando se vão, de forma que ninguém possa decifrar tal enigma (que é a
morte, por suicídio). Não é pelo o que acreditamos ser, é por algo que não
conseguimos (ou não tentamos) compreender.
Caso de depare com uma pessoa querendo se matar, puxe qualquer assunto, provoque raiva (mas sem insultá-lo). Não o(a) menospreze por sua decisão. A raiva o(a) fará distrair-se da intenção de se matar, num primeiro momento. Mas não deixe de falar e faze-lo falar. Faça com que diga a razão de estar querendo fazer o que quer. Tudo para ganhar tempo, até que chegue ajuda e o(a) resgate. Para um suicida, palavras são como senhas que precisam "entrar" ou, não farão efeito. É uma decisão que precisa ser desfeita de dentro pra fora, isto é, pelo inconsciente e cuja resistência se esvai aos poucos.
SEJAM CURIOSOS E QUESTIONEM SEUS PROBLEMAS, ORIGEM, RELAÇÃO DIRETA OU INDIRETA E O QUANTO AFETA OS COMPROMISSOS, TAREFAS E PROFISSÃO. QUANTO MAIS ESTUDAR O PROBLEMA, MENOS "PESO" TERÁ E, CONSEQUENTEMENTE, MENOS INFLUENTE SERÁ.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
PROJETO VIVA+
Por um Caminho + Seguro.
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